quinta-feira, 30 de julho de 2009

VEREADORES - FATOS FOLCLÓRICOS- TOMAR ASSENTO


06- No Brejo da Madre de Deus, há anos passados um Vereador pediu a palavra ao Presidente da Câmara e solicitou em Plena Reunião onde se encontravam muitas pessoas que fossem tomadas providências no sentido que o Presidente mandasse o Vereador...(fulano) "tomar no assento". É que ele estava aborrecido com um colega Vereador que havia ficado em pé, não havia sentado no devido lugar. Foram risos e mais risos e comentários jocosos por toda galeriaa e depois por toda a cidade.


07- Certo dia encontrava-me no meu Escritório de Assesoria Legislativa em Caruaru, e fui procurado por um Vereador de um Município adjacente à cidade de Vitória de Santo Antão, neste Estado. Tratava-se de um senhor de idade avançada, que me pedia ajuda para resolver um problema muito sério que estava enfrentando. Mesmo não trabalhando com a Câmara onde era Vereador, mas sempre procuro ajudar Vereadores de um modo geral, perguntei que problema ele tinha. Disse o dito Vereador que os seus colegas estavam pedindo para ele renunciar a Presidência da Câmara Municipal para qual fôra eleito para um período de dois anos.

E indaguei: o que estão alegando os seus colegas Vereadores para tal atitude? le parou um instante e relatou: "Olhe, eu souu evangélico e muito pobre. Tendo sido eleito Vereador e Presidente da Câmara, passei a comprar no "Mercadinho" da cidade as coisas para a cantina da Câmara Municipal, açúcar, café e materiais de limpeza, etc., e junto fazia uma "comprinhas" para minha casa, e descobriram."

E eu indaguei: e orque o senhor fez isso?

"É porque eu sou marinheiro de primeira viagem."

E lhe retruquei dizendo: ora na primeira viage o senhor está fazendo assim, imagine nas futuras viagens! Nós rimos à vontade. Eu e ele.

Finalmente, intercedi sugerindo aos Vereadores que aceitasse a sua renúncia da Presidência da Câmara, mas que não cassasse o seu andato de Vereador, o que foi aceito por unaimidade dos seus pares. E tudo voltou à normalidade.

08- De outra feita fui à Câmara da cidade de Pombos-PE a convite para fazer uma palestra sobre a elaboração e instituição da Lei Orgânica Municipal daquele Município. Presentes entre outras autoridades locais o então Deputado Estadual José Aglailson e ainda o então Prefeito do Município vizinho de Chã Grande e Vereadores.

Concluída a palestra um determinado senhor, bem vestido e de boa aparência, que julguei ser o Prefeito ou o Juiz da Comarca, dirigiu-se a mim e pediu para que eu lhe concedesse apenas uns minutos de sua atenção em particular. O que concedi numa das dependências do prédio da Câmara onde estávamos. O referido senhor assim se expressou:

"Eu preciso de um grande favor do senhor. Eu sou Vereador daqui, e quero que o senhor por bondade coloque na Lei Orgânica um artigo obrigando o Prefeito a mandar calçar urgentemente a minha Rua."

Como não seria eu o elaborador do Anteprojeto da Lei Orgânica daquele Município, disse para o mesmo: não se preocupe Vereador, este será o primeiro artigo da Lei Orgânica. E ele me agradeceu sorrindo.

09- Recebi de um Vereador de um Município daqui do Agreste de Pernambuco, adjacente à Caruaru, isto no início do ano de 1990, quando se estava elaborando os Projetos de Leis Orgânicas Municipais, cujo prazo terminava no dia 5 de abril daquele ano, um "punhado" de indicações para se adequar às Cartas Maiores dos Municípios, o que não foi possível fazer por eram inconstitucionais, vejamos o que o Vereador pediu para constar na Lei Orgânica Municipal:

"Art.____- Fica o Prefeito do Município obrigado a comprar um caminhão para fazer as mudanças das pessoas pobres e correlignários, deste Município."

"Art.___- Fica o Prefeito do Município obrigado a comprar e colocar antenas parabólicas em todas as casas dos Sítios, Povoados e Vilas deste Município."

"Art.___- Fica o Prefito deste Município obrigado a comprar uma casa para servir de Diretório Político na cidade."

10- A Câmara Municipal de Ibirajuba-PE stava reunida e o clima político estava horrível, os debates acalorados, e eu prsente como Assessor Legislativo. Muita gente assistindo. E inesperadamente o então Vereador Tiago pediu um aparte ao Vereador José de Couto Sobrinho("Zé de Tota"), de saudosa memória, dizendo:

"Quem é que quer sair fora para trocar tiros comigo?"

Foi um Deus nos acuda, e graças à interferênci de outros colegas evitou-se o "duelo", tendo sido encerrada a Reunião.

11- Ainda em Ibirajuba, o então Vereador-Presidente da Câmara, José de Couto Sobrinho ("Zé de Tota'), comprou em Caruaru uma campaínha elétrica para controlar o tempo dos discursos e apartes, e para iniciar e encerrar as Reuniões.

Aconteceu que o Presidete não havia avisado aos demais Vereadores por achar desnecessário, e quando o Vereador José Fernandes se encontrava falando, e era adversário do Presidente, ultrapassou o limite prmitido de 10 minutos para falar, o Presidente da Câmara tocou na campaínha que se encontrava por trás do Vereador que falava, e como era uma campaínha grande e num recinto pequeno, o Vereador tomou um susto tão grande que se dirigiu ao Presidente e disse: "Se tocar novamente esta porcaria eu arranco a mesma." E o Presidente respondeu: "Isto foi feita para tocar e eu toco". O Vereador retrucou dizendo: "Toque para você ver..." E o Presidente "tocou a campaínha". O Vereador Fernandes subiu numa cadeira e arrancou a campaínha com fios e tudo, ficando a mesma dependurado. Foi uma confusão dos infernos e pouco não houve morte. O caso foi parar na Justiça e a campaínha passou um bom tempo sem tocar pendurada no recinto do Plenário da Câmara Municipal de Ibirajuba.

12- Abílio de Charo foi Vereador e até Presidente da Câmara Municipal de Jataúba-PE, e certa vez partiipando d um Congresso de Vereadores na cidade de Caruaru, contestando dispositivos constitucionais, embora fosse homem de poucas letras, entendendo ele que tais preceitos inseridos na Constituição Federal prejudicava os Vereadores, mostrando um exemplar da Constituição do Brasil, disse:

"Isto não é uma Constituição, isto é uma Prostituição."

O pior que foi aplaudido pela quaase totalidade dos presentes. Imaginem!

13- Quando o Sr. Miguel Lourenço era Vereador no Município do Brejo da Madre de Deus-PE, participou de vários Congressos de Vereadores e uma vez voltando de um desses conclaves realizado em Foz do Iguaçu-PR do qual eu também estive, estávamos no Aeroporto daquela cidade em fila para embarcar as malas, e muitos Vereadores de várias partes do País. Como a fila estava grande, apareceu um gaúcho forte, alto e com pinta de alemão, que em alta voz bradava:
"Tem que haver uma providência para acabar co esses fstivais de Vereadores, que ganham muitoe não fazem nada." E foi aí que o então Vereador Miguel Lourenço que tinha a etade do tamanho do gaúcho, chegou perto dele, olhou para ele e constatou que o mesmo portava um grande anel de Direito num dedo de sua mão esquerda, era Advogado., e Miguel virou-se para ele disse-lhe: "Olhe, o que precsa mesmo de providência é para acabar com esses Advogados que vivem recebendo dinheiro de ladrões, traficantes e estupradores, para soltá-los."

O gauchão olhou para Miguel Lourenço, baixou a cabeça e não disse nada. Botou a "viola no saco" e tchau.

Nenhum comentário:

Postar um comentário