segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O GRANDE GOVERNADOR DE PERNAMBUCO: CONDE DA BÔA VISTA


O Governador de Pernambuco, Francisco do Rêgo Barros - CONDE DA BÔA VISTA
(1837-1844)


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Segundo as publicações em um livro editado durante a Gestão Administrativa do então Governador de Pernambuco, Dr. Manoel Antônio Pereira Borba, o Recife foi elevado à categoria de cidade por Carta Imperial datada de 5 de dezembro de 1823. Diz a obra que em 1824 o "Recife já era uma cidade de vida relativamente intensa, possuindo inúmeras ruas regularmente traçadas, grande número de estabelecimentos comerciais, vários edifícios públicos, como os da Alfândega, Casa da Fazenda, Administração do Correio, Relação, o do Arsenal, etc. e até um Teatro.


Em virtude do Ato do Conselho Geral da Província, datado de 15 de fevereiro de 1827 foi o Recife declarado Capital da Província.


O Ato do Conselho Geral confirmava uma Portaria no mesmo sentido expedida pelo Presidente da Província em 29 de dezembro de 1825, e contra a qual fizera a Câmara de Olinda uma reclamação ao Governo Imperial, que cometeu àquele Conselho a solução do caso.


No mesmo ano de 1827 foi aberto no dia 10 de setembro o Lyceu Pernambucano.


O Recife muito se desenvolveu, entrando em uma fase de extraordinário progresso sob a administração do Conde da Boa Vista (Franscisco do Rêgo Barros), cujo nome é citado hoje (1915) como o de um benemérito, tais os serviços por ele prestados a Pernambuco e especialmente à sua Capital.


No Governo do grande pernambucano foi reconstruído o Palácio Governamental sendo aproveitado o antigo edifício, onde então se encontrava o Erário Público; foram construídos um edifício para a Alfândega (criada por Ato de 17 de outubro de 1717) aproveitando-se o antigo Convento dos Padres da Congregação de São Felipe Nery da Madre de Deus; o Teatro de Santa Izabel, encendiado depois em 1869; uma Ponte Pênsil, em Caxangá sobre o rio Capibaribe, aliás a primeira no gênero construída no Brasil. Esta Ponte foi destruída por uma enchente daquela rio em 1869, sendo no mesmo local construída a atual, inaugurada em 1871.


Ainda sob o Governo do Conde da Boa Vista (Francisco do Rêgo Barros), foi construída considerável extensão de cais em grande parte da cidade; foram calçadas as ruas a paralelepípedos; foi reconstruída a antiga Ponte da Boa Vista; sendo também feitas as estradas de rodagem de Madalena a Caxangá, seguindo para o Interior; a que começa na Rua São Miguel em direção à Vitória, passando em Tejipió: a de Motocolombó em direção à Boa Viagem. etc.


Compreendendo que uma cidade como era a do Recife, uma das primeiras do Brasil pela sua população, número de prédios e vida comercial, não podia continuar sem conveniente abastecimento d'água contratou tal serviço, chegando a estabelecê-lo.


Contratou também o serviço de iluminação à gás, ficando porém o contratosem efeito devido a exigências posteriormente feitas pelos contratantes.


Finalmente criou uma Repartição de Obras Públicas, tendo mandado vir da Europa engenheiros competentes para na mesma servirem com o que muito lucrou a cidade.


Em suma, o Conde da Boa Vista (Francisco do Rêgo Barros) abriu com os seus atos demonstrativos de rara clarevidência administrativa, uma nova era de desenvolvimento, de progresso para o Recife.


Em 1843, a poipulação livre do Recife era calculada em 66.280 pessoas, feito o cálculo de cinco pessoas por residência e assim discriminada:


São Frei Pedro Gonçalves, 9.310 pessoas; Santo Antônio, compreendendo o então atual Distrito de São José 21.480; Boa Vista, compreendendo a Graça 15.865; Afogados, compreendendo a Várzea 10.340 pessoas; Poço, 9.285 pessoas. No ano de 1872 o Recife contava com a população de 92.052 pessoas incluindo-se a população escrava.


Em 1842 Francisco do Rêgo Barros foi agraciado com o título de Barão, promovido a Visconte em 1860 e elevado a CONDE DA BOA VISTA em 1866. Foi eleito Senador em 1850, e, em 1865 designado Presidente da Província do Rio Grande do Sul, acumulando as funções de Comandante das Armas, estando aquela Província já envolvida na Guerra do Paraguai.


Sentindo-se doente e sofrendo com probelams hapáticos, retornou ao Recife no início de 1870, onde morreu no dia 4 de outubro, na sua residência, situada no número 405 da Rua da Aurora, onde está localizada a Secretaria de Segurança, hoje Secretaria de Defesa Social. Foi a verdade, o Conde da Boa Vista senão o melhor, um dos melhores Governadores que Pernambuco já teve.

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