sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

DOM FREI VITAL UM GRANDE BRASILEIRO


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Encontramos na bela obra "UM GRANDE BRASILEIRO" de autoria do missionário capuchinho Frei Félix de Olívola, editada no ano de 1935, a biografia do ex-Bispo de Olinda Frei Vital Maria Gonçalves de Oliveira, mais conhecido por DOM VITAL, que era filho do casal Capitão Antônio Gonçalves de Oliveira e Antônia Albina de Albuquerque. Nasceu no Engenho Aurora da Freguesia de Itambé, (Pedra de Fogo, hoje do Estado da Paraíba e na época de Pernambuco), a 27 de novembro de 1844, e foi batizado, 14 meses mais tarde, pelo Padre Francisco Santana, recebendo o nome de seu pai: Antônio Júnior. Foi o primeiro filho dos seis (6) que o casal teve. Foi ordenado Sacerdote em 1868 e nomeado Bispo de Olinda em maio de 1871 pelo Imperador do Brasil e a sua Sagração pelo Papa Pio IX, em 1872, e a pedido de Frei Vital foi Bispo Sagrante Dom Pedro Maria de Lacerda, Bispo do Rio de Janeiro, sendo consagrantes o Vigário Capitular Cônego Joaquim Manuel de Andrade e o Tesoureiro-Mór do mesmo Cabido, Cônego Manuel Emílio Bernardes.


No dia 27 de novembro de 1872, aniversário de Dom Frei Vital, o Cabido, o Clero e os fiéis apresentaram-lhe parabéns e os protestos de respeito e de fidelidade. Ele, Dom Frei Vital, aproveitou o solene ensejo para falar aos fiéis, que enchiam a Catedral, e disse:


"LIBERDADE! palavra celeste descida do seio do ETERNO PAI; liberdade, palavra sublime, palavra de inefável doçura, à qual nenhum coração resiste; palavra misteriosa que faz tremer os soberanos da terra, leva a esperança ao pobre na sua choupana, palavra que faz rejubilar tanto o cidadão civilizado como o índio na floresta selvagem, imensa..."


"Mas aqui não é mais de alegria, tornou-se uma palavra tenebrosa, cujo sentido foi alterado, de nenhuma palavra tanto se abusou."


" A Liberdade não é licença; a liberdade sem limites não é progresso, é trabalho de um cadáver em decomposição."


"Se amanhã a loucura de uma liberdade sem freio se apoderar dos espíritos, as nossas cidades, nossas campinas, até mesmo as choupanas tornar-se-iam teatro de lutas intestinas. Os direitos mais sagrados seriam destruídos, vírieis vossos irmãos, vossas filhas, vossas esposas envolvidas na guerra civil, em risco de perderem a honra e a vida. Nós mesmos não seríamos poupados; pode acontecer até que seja proibido também orar ao Deus dos nossos pais."


"Quero que ninguém seja surdo à minha voz; quero ser compreendido."

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